Das diferenças que fazem a diferença # 11
intelectual que se preze tomou contacto com espaços paisagísticos emblemáticos por essa Europa fora. Como sempre acompanhados pelas suas tias/madrinhas/avós puderam deambular pelo imenso dédalo dos jardins de Versailles na charmosíssima ambiência de Paris. Pisaram com volúpia e botinhas ortopédicas as folhas caducas arrumadas em montinhos multicolores, ciosamente arrumados nos cantos dos jardins do vienense Schönbrunn, enquanto as parentes debatem a temporada da Ópera com os dentes empastados em apfelstrudel. Pode ter-se dado o caso até de terem deambulado de forma errática pelo Hyde Park ou pelos Kensington Gardens, despidos da aura romântica dos exemplos anteriores, como é próprio da anglofonia, mas vincadamente cosmopolitas, arrebatadores.
No meu caso, tentava dar sentido ao meu primeiro ano de vida quando a minha irmã, em passeio pela Mata de Benfica, conduziu o carrinho que me transportava de forma algo displicente, de modo que despenquei pela ladeira abaixo sem freio mas com boas rodas, até capotar à entrada do "parque", junto ao chafariz das boas vindas. Sem lesões de maior identificadas, hoje cresci e tenho este blogue. Todas as coisas têm uma explicação.