Das diferenças que fazem a diferença # 6
os verdadeiros intelectuais puderam espraiar a sua energia infantil pelas capitais da Europa ocidental, rodeados de história e romantismo. Podiam ser vistos a cabriolar na escadaria do Sacré Coeur sob o olhar complacente das avós/tias/madrinhas que bebiam tisanas com o mindinho encurvado em esplanadas adjacentes. Ou então a saltitar de degrau em degrau nas escadas da Piazza de Spagna em Roma, muito antes de os imigrantes romenos usarem a fonte para lavarem os pés. No meu caso a minha escola primária tinha um profundo declive, acompanhado por escadas, entre o campo de futebol alcatroado e o edifício com as salas de aula. Um dia alguém se lembrou de abandonar nos terrenos em volta um tejadilho de carro serrado. Prontamente o levámos para a zona do campo. Aos quatro de cada vez subíamos para o tejadilho invertido agarrados aos batentes serrados e alguém nos empurrava escada abaixo, estilo trenó mas em seco. Nunca ninguém se feriu com gravidade.
Hoje cresci e tenho este blogue. Todas as coisas têm uma explicação.