Crónicas alfacinhas # 19
azar toca a todos, diz o povo e tem razão. Wesley Martins, o brasileiro "boa onda" que distribui cafés e sorrisos na Varandinha de Santa Marta foi alvo do infeliz acaso, que é como quem diz de um meliante de mão leve e perna rápida. Ausentando-se por segundos da sala voltou para encarar vazio o lugar onde estava o seu casaco com respectiva carteira pejada de documentos e magras coroas. Transtorno maior é mesmo perder os papéis, azar maior de imigrante cá estacionado. Quando questionado sobre se alguém viu o artista em fuga Wesley esmorece e debita "quando foi isso só tinha cego no balcão, ninguém viu". A Varandinha, tal como a minha humilde casa, ficam na zona de acção da ACAPO. E o mãos leves pelos vistos estava a par da geografia e da circunstância.