Santo agridoce da Porta Aberta
é dia de Reis e republicano como sou desconfio de gente a quem ninguém elegeu. Se fosse o Michael Palin gritava "I'm being opressed". Acontece que estes Reis são um bocadinho de fancaria, um pouco loja do euro e 70 e estão totalmente sob o meu comando. Aliás, como combinado além deste post não comandarei mais nada durante este dia [que já é dia 6 mas para mim é 5ª dia 5 embora já passe da meia-noite mas é que ainda não me deitei, enfim, percebe-se o dilema].
Vindos do Oriente [e não estou a referir-me ao centro comercial do martim moniz] chegam os meus 3 reis magos, que afinal são 4, Alexandre Dumas Pai perdoa-me o plágio mas quem cala consente e ouvi dizer que não falas há horrores de tempo.
A caminho da gruta de natividade que é o agridoce chega Jessica, que traz o Couro, arsenal suficiente para arrebatar as pistas de dança do Bicaense ao Left, do B.Leza ao Lux, da Lontra ao Tamila. Com ela vem Ruca, que traz o Mitra, ou seja, ele mesmo. Sandro vem com o Incenso comprado a um intelectual amigo que conheceu numa sessão de leitura do grémio literário ou numa edição do É a Cultura Estúpido, que agora já não se lembra bem porque o dito Incenso purifica a alma mas é malandro com a memória, veio de Marrocos e foi testado numa sessão privada de projecção de um filme do Jean Renoir enquanto se ouvia "Ravi Shankar ao vivo no Kremlin" na cozinha, à falta de melhor banda sonora para preparar os ór déves salmonados.
A fechar o cortejo, que é como quem diz, a trazer o cortejo ao lombo, vem Carina, inteligente como um dromedário e com uns seios que humilham qualquer bossa. Faz de carregadora de piano, objecto de que já ouviu falar no Preço Certo em Euros.
Caros amigos, é dia de festa e troca de prendas. Fazem o favor de aparecer, eu vou andar pelas caixas de comentários.