quinta-feira, outubro 20, 2005
Resolução prevista para hoje, em horário nobre
"Ainda hoje, é da linguagem corrente a expressão «sebastianismo», utilizada de modo pejorativo, quando se quer dizer que alguém evoca, de uma forma temporalmente desfasada, factos passados que já não são relevantes para o momento presente.
É arriscado definir sentimentos, mas pode dizer-se que o sebastianismo consiste no mito de algo de superior que, a qualquer momento, poderá chegar de um lugar incerto, para salvar tudo o que há de mau dentro da dura realidade. Ou não fosse isso mesmo um mito. Ora, esse sentimento leva a que se criem heróis, figuras mitificadas pela boca do povo ou, mesmo, pela pena dos mais grandiosos escritores.
Com tudo o que isso tem de bom e de mau, somos, por natureza, um país de sebastianistas. A nossa história tem provado que continuamos sempre à espera de alguém que apareça do nevoeiro e nos venha resolver aquilo que somos incapazes de solucionar. Desde o século XII, altura em que foi reconhecido como País, Portugal viveu sempre, invariavelmente, em dificuldades económicas, com uma população com más condições de vida, pobre, carente. Não é, pois, de admirar esse luso sentimento de esperar indefinidamente pelo seu D. Sebastião, o Desejado." in www.citi.pt
Consta que desta vez chega de Boliqueime pela Via do Infante, obra de mandato viril, que o digam os secos e molhados do Terreiro do Paço ou os atravessadores da ponte. Virá com forte hálito a bolo rei e com uma nova atitude em relação à Imprensa, que o acolhe de braços abertos. Pronto, lá estou eu a pensar em grandes seios.
O espectáculo está marcado para as 20 horas.