sábado, agosto 28, 2004

Poesia tablóide

"Aguenta-te Fialho!"

jornal 24 Horas, 27 de agosto

sexta-feira, agosto 27, 2004

Impulse

e se de repente um desconhecido escrevesse para o meu blogue e me libertasse desta imensa modorra que me assalta as falanges (das mãos, não as franquistas...............)

sexta-feira, agosto 20, 2004

Está certo

Santana precisou de assessoria de imprensa, foi buscá-la à Lux. Nada mais natural.

Se fosse o Mário Soares iria recrutar à Rotas e Destinos
Se fosse o Guterres iria recrutar Osservatore Romano do Vaticano
Se fosse o Cavaco iria recrutar à Cozinha TV, para aprender a comer o bolo rei
Se fosse o Carvalhas iria recrutar ao Pravda, mas só até 1991
Se fosse o Portas iria recrutar ao guia Spartacus
Se fosse o Miguel Portas iria recrutar a qualquer uma das publicações que já levou à falência

e por aí fora....
Olha ali a porta de saída, pá

o timoneiro José Romão foi dispensado pela federação. Pode sempre arranjar ocupação numa empresa de demolições, uma vez que já supervisionou com muito rigor uma destruição de balneário sem recorrer a maquinaria.
Selecção olímpica de futebol

pois, não me tinha apercebido que os jogos para-olímpicos já tinham começado...........
Pesadelo Expressionista

pelos dias de hoje passa um spot de tv que anuncia numa localidade do nosso país (que por pudor não menciono) um mega-espectáculo. Por lá passarão em grande destaque Micaela, Romana, Toy e os...............(rufar de tambores)......................CANTA BAHIA. É a coisa mais parecida que tenho visto com os quatro cavaleiros do apocalipse. Depois admiram-se que haja castigos divinos como a tromba de água da Cornualha...

terça-feira, agosto 17, 2004

Impressões de quase uma semana

As cassetes continuam a rolar, tal como a cabeça de Salvado. Souto Moura ainda Mora aqui, Sampaio não quis rupturas - onde é que já ouvi isto?. Chavez voltou a vencer nas urnas, a oposição e os EUA levantam dúvidas apesar da legitimação dos observadores internacionais. Ainda bem que as dúvidas vêm de um país que vota com os seus cartões mais ou menos perfurados e que tem um presidente que foi mais ou menos eleito. Sérgio Paulinho surpreendeu tudo e todos e se calhar a si próprio e arrebatou o disco de prata. Os mais favoritos vão caindo pelo caminho, como tordos. Maia e Brenha vingaram a(s) derrota(s) no Euro 2004 e limparam os gregos, um deles lesionado. Força PPOORRTTUUGGAALLL. Vi o Shrek 2, uma delícia de animação e texto, o gato é soberbo mas continuo a preferir o burrico. O capitão gancho canta tom waits e nick cave e o empregado de balcão é um boneco almodovariano. Jesus! Por falar em Jesus, o papa fez mais uma viagem e as razões para abdicar nunca foram tão visíveis. O close-up ao bolsar era desnecessário. No Iraque c'est tout la meme chose. Rockets e Moqtada andam de mão dada. Parece que é ilegal engaiolar arrumadores, como se tem feito no Porto. É pena porque se calhar davam jeito para organizar o espaço nas cadeias sobrelotadas. NOs últimos dias morreram mais de 30 pessoas na estrada. Senhor bush, as WMD estão aqui, chamam-se "condutores portugueses", pode invadir quando quiser o José Barroso agora já nem gosta da sua arrogância e unilateralismo. Santana continua no poleiro e os festivais de verão continuam, começo a achar que é tudo o mesmo festival com uns dias de intervalo para descansar. Tenho mais um ano mas menos euros na carteira. Sic transit gloria mundi.

quarta-feira, agosto 11, 2004

Give me Moore and Moore

já fui ver o Fahrenheit 9/11 e constatei aquilo que já tinha lido - o filme é uma enorme arma de propaganda. Directa, com objecto definido - apear o "Dabya" do cadeirão - recorrendo a imagens choque e a torrentes de informações misturadas com o presidente em situações patetas. A direita e a sua legião de articulistas e editorialistas da nossa praça apelidou-o de manipulador da verdade, entre outros epítetos menos lisonjeiros. Eu cá prefiro esta propaganda de guerrilheiro de câmara ao ombro e discurso directo e incendiário, prefiro-o imensamente aos libidinosos de fato impecável que dirigem as Lusas deste país ou ao patego de peru de plástico em acção de graças. Não em acção de graça porque estas propagandas também se pagam caro.
Relativismo

os livros do Lobo Antunes sempre me pareceram claustrofóbicos, deprimentes, sufocantes e dotados de um negrume que espelha a nossa alma portuguesa e comezinha. Porém esta carga negativa desaparece quando nos confrontamos com a campanha de prevenção de acidentes da associação Paz na Estrada. Ao ouvirmos falar do moço atropelado por um camião e que "foi todo partido por dentro" para o hospital começamos a pensar que o Lobo afinal é um brincalhão. Qualquer dia apresenta um programa com o Fernando Mendes.
Aniversário

o dia chegou, hoje faço anos once again. A roçar perigosamente os 30 anos e com os quatro dentes do siso já nascidos o juízo e o dito siso vão tendo os seus dias. O sisa também mas já o paguei há algum tempo, agora já não faz mossa. Não vou soprar as velas porque sei que ia cerrar os olhos e pedir o impossível. Afinal de contas não é todos os dias que um grupo palestiniano extremamente fodido aparece em Portugal para raptar o 1ºministro e o ministro da defesa, deixando-os de dinamite na boca agrafados ao muro da cisjordânia. É pena mas também foi assim que o pai natal perdeu credibilidade na minha mente de criança.

segunda-feira, agosto 09, 2004

Insulto gratuito

"Durão cabrão"

"Sampaio matou Pintassilgo e Carlos Paredes"

"Santana leva à canzana"

gosto deste altruísmo vertida em insulto gratuito, pois os visados nem sequer têm de pagar-me nada por esta publicidade institucional.

quinta-feira, agosto 05, 2004

Na parede

"Dia 11 tenha medo, muito medo!"

terça-feira, agosto 03, 2004


Do perigo da institucionalização

Quando os Xutos para mim eram relevantes cantavam com uma visceralidade e uma acutilância que foi desmaiando ao longo dos últimos anos, em sentido contrário à popularidade e contas bancárias. Dantes o amor cantava-se assim:

Sexo

Ela veio-me beijar, como jamais beijara
e eu fiquei a olhá-la, como jamais ficara
mostrou-me o seu corpo, como jamais mostrara
e eu fiquei tão quente, como jamais ficara
virou-se pra mim, como jamais virara
segurei-lhe a mão, como jamais segurara
ofereceu-me a boca, como jamais ofertara e eu fique a amá-la, como jamais amara

Ela veio-me morder, como jamais mordera
e eu lutei com ela, como jamais lutara
pegou-me no falo, como jamais pegara
e chupou-me o sangue, como jamais chupara
virou-se de costas, como jamais se virara
segurei-lhe as coxas, como jamais segurara
deitou-se na cama, como jamais se deitara
e eu entrei enfim, como jamais entrara.

Agora, depois da institucionalização soam assim:

Ai se ele cai

Todos os dias te vejo Todas as noites te quero
E eu vou procurando Um sinal em ti Que me faça rir
É pá mas nunca mais vem
Vou tirando fotocópias E vou pensando em ti
E vou adivinhando todos desejos E todos beijos Que temos para trocar
E de tanto querer De tanto gostar De tanto te amar Tenho medo de te perder
Ai se ele cai Vai se partir Meu coração Vai-se partir
Todos os dias te tenho Todas as noites te abraço
E vou aproveitando Tudo o que tu tens Tudo o que me dás
Nem consigo acreditar Meu amor, se isto é só um sonho bom
Tenho medo de acordar E de tanto querer De tanto gostar
De tanto te amar Tenho medo de te perder
Ai se ele cai Vai se partir Meu coração Vai-se partir .................

a xaropada ainda passa....mas a alusão ao tirar de fotocópias.....meu deus
Modorra

ando cá com uma destas preguiças que nem me dá vontade de actualizar o blogue...se calhar andolixado por não me terem dado um lugar no País de Pedro e Paulo. Ainda por cima com a facilidade com que se criam secretarias de Estado................Éh pá apelo aos meus dois leitores para que colaborem...........mandem qualquer coisa que se leia.........desbafem (o palhaço). Falem. Escrevam. Eh pá qualquer coisa